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#90 - Kristin Smart: Resolvido por um Podcast | CRIMES REAIS

Foto do escritor: Rodolfo BrennerRodolfo Brenner

Em 1996, o desaparecimento de uma estudante universitária chama a atenção na Califórnia, porém, o péssimo trabalho policial faz com que o único suspeito saia impune. Anos depois, um podcast conta a história detalhada do caso e consegue o que já parecia impossível: mandar o culpado para a cadeia.


Essa é a versão escrita do episódio #90 - Kristin Smart: Resolvido por um Podcast.



Kristin Denise Smart nasceu no dia 20/02/1977 em Augsburg, na Alemanha. Ela era filha do casal Stan e Denise Smart, e tinha dois irmãos mais novos chamados Matthew e Lindsay. Os pais da Kristin eram americanos, mas trabalhavam na Alemanha como professores de inglês e decidiram voltar para os Estados Unidos assim que ela nasceu: primeiro para Yuba City e depois para Stockton, ambas na Califórnia.

Ela foi descrita como sendo muito inteligente, organizada, que sempre tirou boas notas e era muito apegada a família. Ela era muito criativa e gostava de expor seus pensamentos através de poemas que ela escrevia. Kristin tinha uma melhor amiga de infância chamada Ann-Marie, e as duas não se desgrudavam, passando muito tempo na casa uma da outra, assistindo filmes e fazendo cookies. Kristin também era uma esportiva nata, que jogava futebol e fazia natação. Ela também amava a natureza, a praia e viajar, tendo feito intercâmbios para a Inglaterra e para a Venezuela. Após se formar na Lincoln High School em 1995, ela foi trabalhar em um acampamento no Hawaii como salva-vidas.

Quando Kristin voltou, ela se matriculou na California Polytechnic State University para estudar Arquitetura, mas decidiu trocar para Comunicação depois de algum tempo. Durante o seu primeiro ano, ela voltou a trabalhar como salva-vidas, mas dessa vez no centro de recreação do campus. Apesar de gostar da liberdade que a vida universitária proporcionava, Kristin fazia questão de sempre ligar para a família.


A família Smart, Kristen é a primeira à esquerda


No dia 24/05/1996, o campus da Universidade se preparava para o feriado do Memorial Day, tradicionalmente comemorado na última segunda-feira de maio. Kristin estava morando no Muir Hall, onde a maioria dos estudantes tinha ido passar o final de semana prolongado em casa, então estava tudo mais vazio do que de costume.- Naquele dia, Kristin foi até o quarto da sua vizinha de dormitório, Margarita Campos, para pedir um tocador de fitas emprestado. As duas conversaram e decidiram que iriam procurar uma festa para ir naquela noite, juntamente com mais duas amigas que moravam no mesmo dormitório. Elas saíram perto das 20:30 e foram de carro até uma festa que estava acontecendo em uma fraternidade dentro do campus. Quando chegaram lá, cada uma recebeu uma cerveja, elas beberam e conversaram, mas como elas não conheciam ninguém, decidiram ir embora.

As amigas deram algumas voltas de carro por ali, até que Kristin e Margarita decidiram descer perto de um cruzamento. As duas andaram por um tempo porque Kristin queria achar outra festa, mas Margarita disse que estava cansada e que precisava ir ao banheiro. Elas então decidiram seguir para lados diferentes, e como Kristin tinha perdido as suas chaves para o dormitório, Margarita emprestou as dela antes de partir. Kristin acabou parando em uma festa de aniversário que durou até as 02:00 do dia 25/05, tendo adormecido no local. Ela foi acordada pelos amigos Cheryl e Tim, que disseram que a festa tinha acabado e que ela precisava ir embora. Aparentemente Kristin não estava conseguindo andar sozinha, então os dois ajudaram ela a ir para fora.

Nesse momento, um jovem loiro que se identificou como Paul Flores disse que conhecia Kristin e que ela morava próximo do seu dormitório, e se ofereceu para acompanhá-los. Quando chegaram no estacionamento, Paul disse que eles não precisavam se preocupar com Kristin, mas Cheryl fez questão de andar com eles um bom pedaço do caminho de volta. Quando os 3 chegaram no dormitório da Cheryl, e antes de entrar, ela frisou para que Paul deixasse Kristin no local certo, sem gracinhas. Antes de ir embora ele pediu um beijo para a Cheryl, que recusou. Ela viu quando os dois andaram até o dormitório da Kristin e entraram.


California Polytechnic State University


Margarita ficou esperando Kristin aparecer e devolver as chaves que ela tinha emprestado anteriormente, mas ela não apareceu naquela tarde. Quem também sentiu falta dela foi a sua companheira de quarto de Kristin, uma garota chamada Crystal Teschendorf: ela voltou ao dormitório naquele dia e encontrou a cama da colega com todas as suas coisas jogadas em cima, incluindo sua bolsa, cartões, dinheiro e identidade.

Na segunda, depois de passarem todo o fim de semana sem notícias da Kristin, suas colegas decidiram informar o seu desaparecimento: primeiro, elas ligaram para a polícia do campus da universidade, que informou que provavelmente Kristin ainda não tinha voltado do feriado. Após isso, elas ligaram para o departamento de polícia de San Luis Obispo, que informou que, como Kristin era estudante, elas deveriam informar a polícia do campus primeiro. Elas então ligaram de novo para a polícia do campus, que finalmente decidiu ligar para a família Smart para saber do paradeiro da Kristin, e a mãe informou que não tinha notícias dela desde sexta. Ao invés de iniciar uma busca, a polícia do campus simplesmente achou que ela estava viajando com amigos e nada foi feito.

Foi só na terça, dia 28/05, depois de mais uma ligação que a polícia do campus finalmente fez o boletim de desaparecimento da Kristin. Quando desapareceu, Kristin usava uma blusinha cinza, shorts preto e um tênis branco e vermelho. Ela tinha era branca, tinha cabelos loiros tingidos, olhos castanhos, tinha 1,85 de altura e 65 quilos.


Cartaz de desaparecimento de Kristin


No dia seguinte, a polícia começou a interrogar alguns estudantes no campus e chegaram até o nome de Trevor Boelter. Trevor contou algo importante: na noite da festa, ele e Kristin se encontraram e se beijaram, mas que naquela ocasião ela se apresentou a ele como Roxy. Ela então puxou ele para o banheiro, mas ao invés de dar alguma investida, ela pareceu ficar triste de repente. Kristin foi até o espelho e enquanto retocava a maquiagem, perguntou para o Trevor se ele achava ela bonita. Ele disse que sim, e depois de mais algumas interações, ele decidiu sair do banheiro. Quando ele saiu, ele deu de cara com Paul Flores, que estava praticamente esperando na porta. Paul perguntou “o que você estava fazendo com ela lá dentro?”, e como Trevor achou que ele era o namorado da “Roxy”, ele disse que não tinha acontecido nada. Paul então riu e saiu do local, e o Trevor só foi conectar as coisas quando soube que Roxy e Kristin eram a mesma pessoa.

Os próximos a serem entrevistados foram os amigos Tim e Cheryl, aqueles que acompanharam Kristin e Paul por parte do caminho até o dormitório. Cheryl disse que achava Paul um cara “estranho”, e que já tinha visto ele em outras festas tentando uma aproximação forçada com as garotas. Tim comentou ainda que, naquela festa de aniversário na madrugada do desaparecimento, Paul ficou rodeando a Kristin durante todo o tempo, que inclusive ele chegou a cair, puxar ela para o chão e tentar beijá-la.

A polícia então partiu para entrevistar Paul Flores: ele contou que não conhecia Kristin até a festa, e que naquela noite ele apenas tinha levado ela até a porta do hall de dormitórios. Depois disso, ele tentou dormir, mas acordou passando mal perto das 4 da manhã. Quando ele levantou para usar o banheiro, ele ouviu alguém andando no corredor, mas não chegou a ver quem era. No sábado, ele teria passado o dia vendo TV, e a noite ido ao cinema com alguns amigos. Quando a polícia perguntou quem eram esses amigos, ele não soube dizer com certeza o número certo e o nome deles. No domingo, ele contou ter ido até a casa do seu pai, Ruben Flores, e passado o dia arrumando uma caminhonete na garagem. No domingo à noite ele acabou preso por dirigir intoxicado.


Paul Flores após ter sido preso por direção perigosa


Como Paul estava com um olho roxo e marcas de arranhões pelo corpo, um dos seus amigos perguntou se aquilo tinha sido causado por alguma garota ou pelo namorado de alguém que ele tentou se aproximar, e ele respondeu que não lembrava o que tinha acontecido. Quando a polícia perguntou o porquê do olho roxo, ele contou que tinha acertado o próprio rosto enquanto trabalhava na sua caminhonete. Entretanto, esse relato não batia com o de algumas testemunhas, que disseram que Paul já estava com o olho roxo no sábado.

Os detetives do caso disseram que não acreditavam na sua história e pediram para que ele fizesse um teste de polígrafo. Paul recusou dizendo que precisava ir pra casa da sua mãe, pois tinha combinado de limpar o quintal com ela. Mesmo com todas as suspeitas caindo sobre ele, Paul não foi preso devido a uma discordância das polícias sobre o caso: enquanto a polícia do condado achava que ele deveria ser detido, a polícia da universidade ainda acreditava que Kristin poderia estar desaparecida por conta própria.

E não foi só isso: além de não terem isolado o dormitório da Kristin, a polícia não fez nenhuma busca no quarto do Paul ou verificou seu histórico de ligações. No relatório, o que chamou a atenção foram as frases: "Kristin é uma jovem com uma baixa moral e que não estava satisfeita com a universidade. Ela não tinha amigos, estava sobre a influência de álcool e socializando com vários homens naquela noite. Kristin vivia sua vida como ela queria, não se confirmando com uma vida típica de adolescente".


Paul Flores e sua caminhonete


Desesperados, os pais da Kristin visitavam constantemente a cidade de San Luis Obispo e conversaram com os moradores, vasculharam caçambas e entravam nas matas aos arredores. Eles entraram em contato com todo mundo que eles conseguiram, incluindo repórteres, polícias, médiuns e o FBI. A polícia de San Luis Obispo assumiu de vez a investigação: no dia 22/06, os detetives foram até a casa do Ruben Flores para colher um depoimento informal e tentar encontrar alguma pista sem a necessidade de um mandato, por isso não foram levados cães farejadores ou uma equipe de perícia. Ruben deixou eles entrarem e a única coisa suspeita foram 3 recortes de jornais sobre o desaparecimento de Kristin.

A próxima pista só veio em outubro, quando uma mulher chamada Mary Lassiter entrou em contato com a polícia: segundo ela, sua família havia se mudado para uma casa que anteriormente tinha sido da família Flores. Por um tempo, eles vinham recebendo cartões postais anônimos dizendo para que Susan Flores, a mãe de Paul, dissesse para seu filho se entregar para a polícia e dizer onde o corpo de Kristin estaria. Depois de uma rápida pesquisa, Mary descobriu que Paul era suspeito no caso do desaparecimento da Kristin, e que a pessoa que estava mandando as cartas provavelmente achava que a mãe dele ainda moraria no mesmo endereço.

Certo dia, Mary estava lavando seu carro na entrada da garagem quando encontrou um brinco em forma de gota. Ela entregou o objeto à polícia pois viu semelhanças entre o brinco e um colar que Kristin usava em uma das fotos que tinham sido usadas nos cartazes de desaparecimento. O mais intrigante porém é que Mary ouvia todos os dias, exatamente às 4:20 da manhã, uma espécie de bip de despertador que parecia vir do fundo do seu quintal. Ela procurou por vários dias se havia algum objeto por ali, mas não havia muitos locais onde procurar porque boa parte do quintal era concretado.


Mary Lassiter com o brinco que supostamente seria de Kristin


Susan pediu a casa de volta e deu 30 dias para que a família de Mary saísse do local. Desconfiada de que ela poderia estar escondendo algo para proteger o filho, Mary contatou diretamente os Smart e contou sobre o brinco e o alarme. Quando Denise, a mãe da Kristin, foi até a delegacia saber dos achados, ela descobriu que o brinco simplesmente tinha sumido do armário de evidências. Susan tentou proibir que Mary recebesse visitas, inclusive da polícia, alegando que a casa era dela. Entretanto, as leis sobre aluguel da Califórnia garantem que o locatário pode receber quem ele quiser. Por conta disso, Mary chamou os Smart e permitiu que eles procurassem livremente no terreno.

O advogado da família, John Murphy, conseguiu que um cão farejador de cadáver e um geólogo com um radar de penetração do solo para vasculhar o lugar. O radar não conseguiu muitos dados, uma vez que o solo era concretado, mas o cão apontou algo interessante: um local onde anteriormente ficava uma caçamba que Ruben Flores pediu para que a família da Mary não mexesse, uma vez que ele a levaria para outro local.


A casa de Susan Flores


Na mesma época, Paul Flores largou a faculdade e se inscreveu para entrar na Marinha, mas o advogado dos Smart interveio com um protocolo que impediria Paul de sair do país, e por isso ele não conseguiu entrar na corporação. Em maio de 1997, o xerife Ed Williams disse em uma entrevista que todos os rumos da investigação apontavam para Paul Flores e que não havia outros suspeitos. Em novembro, toda a família Flores decidiu depor: Ruben e Susan responderam todos os questionamentos, Paul porém seguiu o conselho do seu advogado e se recusou a responder qualquer pergunta invocando a 5ª emenda, que é o direito a permanecer calado.

Em 1999 o caso passou para o FBI, que reentrevistou várias testemunhas, inclusive Paul. Em junho de 2000, eles conseguiram um mandado de busca para vasculhar a residência da Susan Flores alegando que havia motivos para acreditar que o corpo da Kristen estaria enterrado no quintal. Entretanto, havia uma garagem construída no local. Mesmo assim foi tentado um novo escaneamento, mas o concreto era reforçado com barras de ferro, o que causava uma imprecisão na leitura.

Em maio de 2002, Kristen foi legalmente declarada morta. Sua família angariou fundos e colocou dois outdoors com uma foto e uma informação sobre o seu desaparecimento, um na frente do escritório do xerife e outro na rua da casa em que a Susan Flores morava. Durante anos, o principal detetive responsável pelo caso foi trocado, algumas pistas apareceram, mas nada concreto foi identificado. Entretanto, em 2019, um homem sozinho conseguiu o que a polícia em anos não conseguiu: finalizar o caso.


Chris Lambert


Em 2019, Chris Lambert era um cantor e compositor que havia crescido ouvindo a história do desaparecimento de Kristin Smart. Como ele sempre morou próximo da California Polytechnic State University, Chris sempre via o outdoor com o rosto e as informações sobre a estudante e decidiu, por conta própria, começar a pesquisar sobre o caso.

Ao iniciar suas pesquisas e entrevistas, Chris começou a pensar como entraria em contato com a família Smart, com medo de ser indelicado. Ele chegou a escrever uma carta e conseguir o telefone da casa deles, mas o contato mesmo só aconteceu em 2019, quando ele foi a um memorial que estava sendo realizado para o que seria o aniversário de 42 anos de Kristin. Lá ele se apresentou para Denise Smart e contou sobre o projeto. Ela foi muito receptiva e convidou Chris para um jantar com a família e amigos próximos para conversar sobre o caso. Em entrevistas posteriores, Denise disse que imediatamente sentiu que poderia confiar no Chris e aceitou ajudá-lo no podcast, e entregou para ele um caderno que a família deixava próxima do telefone e anotava todo o progresso no caso. Sobre o Chris, a Denise disse: "Senti nele alguém com um grande coração, que era obviamente tão humilde, mas ao mesmo tempo envolvido. Ele não é manipulador, ele ouve. E foi isso que ficou comigo".

O primeiro episódio saiu no dia 30/09/2019 e foi um sucesso instantâneo: foram mais de 75 mil downloads em 24 horas. O segundo episódio foi sobre Paul Flores e Chris recebeu dezenas de comentários sobre ele, incluindo várias acusações de embriaguez e agressões sexuais contra mulheres. No total, Chris tinha planejado 8 episódios, sendo que o último foi lançado em 25/11/2020.


Capa do podcast Your Own Backyard sobre o desaparecimento de Kristin Smart


Alguns dias após o sexto episódio ir ao ar, Chris Lambert recebeu um e-mail do departamento do xerife do condado de San Luis Obispo: os investigadores ficaram impressionados com seu trabalho e gostariam de dar uma entrevista, que era algo que Chris já tentava a meses, mas nunca tinha resposta. Um dos entrevistados foi o investigador Nate Paul, responsável pelo caso Kristin Smart entre 2014 a 2017. Ele disse que o podcast havia renovado o interesse e que a esperança era de que novas testemunhas aparecessem. E foi exatamente isso que aconteceu: assim que algumas pessoas de interesse apareceram para falar com o podcast, Chris repassou as testemunhas para o departamento do xerife.

Pouco tempo depois, a polícia expediu um mandado de busca para “itens específicos” relativos ao caso da Kristin Smart e outros casos de violência sexual: segundo as fontes, foram encontradas drogas classificadas como “date rape drug”, ou seja, utilizadas para sedar as vítimas de estupro, além de vídeos que mostravam Paul Flores abusando de mulheres desacordadas. Um ano depois, em abril de 2021, Chris foi pego de surpresa quando a polícia anunciou a prisão de Paul Flores e do seu pai, Ruben Flores. Segundo as notícias, Paul era suspeito do assassinato de Kristin enquanto Ruben seria cumplice da ocultação do seu cadáver, já que ele teria ajudado o filho a enterrar e depois mover o corpo de lugar.


Paul e Ruben Flores


O julgamento começou em abril de 2022, porém sofreu diversos atrasos por conta dos pedidos da defesa para trocar o local por conta de influências no caso. Assim que começou, uma das primeiras provas apresentadas já colocava a família Flores em em maus lençóis: em uma ligação grampeada entre Paul e Susan, ela pedia ao filho que ouvisse o podcast e começasse a procurar por furos na narrativa de Chris Lambert. A defesa de Paul Flores alegou que o trabalho de Chris não poderia ser levado a sério uma vez que ele oficialmente não era jornalista e que não tinha o poder de entrevistar as testemunhas do caso. Entretanto, esse argumento não foi aceito pelo juiz: segundo as leis da Califórnia, seu trabalho era peça chave e ele poderia inclusive se sentar com os outros repórteres que estavam cobrindo o julgamento.

Em outubro de 2022, Paul Flores foi considerado culpado de assassinato em primeiro grau e foi condenado a 25 anos de prisão, enquanto Ruben Flores foi inocentado por falta de provas. Assim que a condenação de Paul saiu, Denise Smart abraçou Chris Lambert e prendeu uma fita roxa na sua camisa, um símbolo que a família carregava já que roxo era a cor favorita de Kristin.- Paul está cumprindo pena na Prisão Estadual de Pleasant Valley. Em agosto de 2023, ele foi agredido pelo seu companheiro de cela, que inclusive já havia matado outro detento anos antes. Paul foi para o hospital, mas sobreviveu.

Novos episódios do podcast saíam durante todo o processo de julgamento, e só nesse período foram 24 milhões de plays. Ao ser perguntado sobre o que faria agora que o caso estava encerrado, Chris disse que ele sentia que podia finalmente respirar tranquilo após anos de dedicação ao caso. Posteriormente, Chris recebeu ligações de produtores querendo transformar o seu podcast em uma série de streaming, só que ele recusou dizendo que não estava familiarizado com o formato, que seria apenas uma recontagem do que ele já tinha feito no podcast. Ele também disse que não se sentiria confortável em ganhar dinheiro com uma tragédia, já que, desde o início, o objetivo era contar o caso.


A família Smart juntamente com Chris durante o julgamento de Paul e Ruben Flores


• FONTES: Your Own Backyard, Vanity Fair, The Casual Criminalist, CBS News, The Washington Post, CNN.

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